Mestranda do IPTSP fica em 1° lugar com projeto sobre Aleitamento Materno em congresso do CONASEMS

A pesquisa também foi apresentada na II Mostra Goiana de Experiências Exitosas e Inovadoras do SUS

Publicado em 19/07/2022 14:30

Texto: Marina Sousa

Ada Kelle Costa e Silva

A fonoaudióloga e mestranda do programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Ada Kelle Costa e Silva teve o seu projeto “Incentivando o mais simples em busca de melhores resultados: Aleitamento Materno” como um das dez práticas escolhidas em Goiás, para a II Mostra Goiana de Experiências Exitosas e Inovadoras do SUS. O resultado dessa apresentação levou a conquista do 1° lugar em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde durante o XXXVI Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) de 2022, que aconteceu na semana passada, entre os dias 12 e 15 de julho, em Campo Grande (MS).

O projeto é realizado no hospital municipal de Pontalina, localizado na região sul do Estado, em consultas pré-natal com as puérperas e os recém-nascidos, onde são realizados aconselhamento em Aleitamento Materno e o teste da linguinha, exame que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa de forma padronizada. Os municípios próximos à região, como Edealina, Cromínia e Mairipotaba também estão inseridos no programa.

O estudo visa evitar o surgimento de hábitos bucais deletérios que alteram o padrão de crescimento normal do bebê e danificam a oclusão, determinando forças musculares desequilibradas que, durante o crescimento, distorcem a forma da arcada dentária e alteram a morfologia normal, o incentivo da amamentação na primeira hora de vida do bebê com a duração do aleitamento exclusivo por no mínimo seis meses, e ainda proporcionar maior efetividade nas políticas de prevenção e promoção à saúde e promover o trabalho intersetorial e multiprofissional.

O reconhecimento da premiação é algo inexplicável, conta fonoaudióloga. “É um misto de felicidade com gratidão! E a certeza de que tudo que se faz com amor dá certo”. A apresentação da prática ocorreu durante o congresso do Conasems, na  17ª Mostra “Brasil, aqui tem SUS”- edição 2022, que objetiva propiciar o intercâmbio de experiências municipais e distritais bem-sucedidas no Sistema Único de Saúde (SUS), além de estimular e fortalecer soluções visando à garantia do direito à saúde.

A mestranda do PPGSC, Ada Kelle Costa conta que o projeto envolvendo o aleitamento materno conseguiu potencializar  as ações dos profissionais de saúde da atenção básica, perpetuando assim, um atendimento mais humanizado, respeito à intimidade e às diferenças das mães atendidas, o que consequentemente, ajudou a minimizar o desmame precoce e os efeitos negativos advindos da pandemia da Covid-19, outra medida importante é a distribuição de almofadas de amamentação para as mães para incentivar e facilitar a pega correta.

Os atendimentos também demonstraram que há a necessidade da efetivação de outros testes no projeto como o da orelhinha, que investiga se o bebê está ouvindo bem, para atender essas famílias. “Pudemos garantir a essas mães a universalidade das ações de saúde através da regionalização, e isso é muito importante, visto que incentivando ações simples, podemos buscar melhores resultados”, concluiu Ada Kelle.

A professora do PPGSC, Thaís Rocha Assis e, também orientadora de Ada Kelle, explica que o SUS ainda está em processo de construção e que desde seu início é uma construção coletiva, e que há a necessidade de profissionais e gestores comprometidos com os princípios do SUS, que são a universalidade, a integralidade e a equidade. Dessa forma, conhecer práticas exitosas fortalece a construção desse sistema universal de saúde e permite repensar práticas locais. “O trabalho apresentado pela Ada na ” 17ª Mostra Brasil, aqui tem SUS” foi muito relevante para expor a potencialidade e riqueza do nosso SUS regional no que se refere à assistência à saúde das mulheres e crianças na Atenção Básica. Estamos muito felizes e orgulhosos pelo reconhecimento dessa prática e pelo primeiro lugar entre as práticas apresentadas no congresso”, conta a professora.

Fortalecer as ações de saúde para crianças e mulheres na Atenção Básica, que é o ponto de entrada na rede de assistência à saúde e de coordenação do cuidado, permite a efetivação de uma linha de cuidado e das políticas públicas para essas populações. Thaís Rocha Assis complementa que a temática da experiência apresentada pela Ada, que foi sobre o incentivo ao aleitamento materno, é complexa e sensível para o escopo de cuidados da Atenção Básica e com grande potencial de sucesso quando realizada em trabalho colaborativo com a equipe de saúde e apoio matricial, como apontado em seu trabalho.

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

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